sexta-feira, 2 de maio de 2014

Dentro de mim, dentro de você

Coisas que passam, coisas que não voltam
Eu mato você dentro de mim
O espaço que você deixou 
Sabe aquelas coisas que você não pode prever 
Como o dia que seus olhos entraram nos meus
Como o dia que eu acordei e não encontrei sua mão
Não entendo os outros, não entendo você
E não entendo a falta que você faz, quando o céu está escuro
Eu me lembro dos seus ombros
E como uma sina, você passa no meu pensamento
Sempre que escuto aquele radio desafinado
Suas vidas, dentro das minhas vidas
Pode me dizer, quando isso passa?
Eu me lembro do seu sorriso
E seus pés, dançando em cima dos meus
Quantas vezes eu preciso matar você?
Dentro mim
O que existe dentro de nós, sem nós
Mas o que há...
Quando eu estou, você não está
A barulho que existe na minha cabeça
É esse mundo paralelo
Entre você
As pessoas
As outras pessoas 
As coisas que eu não posso explicar
Louco, seria agora eu correr e te encontrar
São suas manias, suas ruínas 
São meus castelos nunca terminados, e aquela frase que nunca completei
As coisas poderiam ser melhores, se eu não estivesse tão presa ao mundo?
São essas fotos, e aquelas musicas que a gente cantava juntas
São palavras ditas e não ditas
E esse mundo que nós conjugamos como liberdade
São os passeios em dias de chuva
Voltando, eu estou sempre voltando
Cordas que me levam até o passado
Dentro de mim, dentro de você

Jéssica Mattos

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